segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Em Curitiba, participantes do Seminário Ouvir a Mulher debatem saúde da mulher e direitos sexuais e reprodutivos

As sugestões das participantes serão encaminhadas para o Ministério da Saúde com a finalidade de promover melhorias no atendimento da saúde da mulher ofertada pelo SUS

A discussão sobre saúde da mulher, direitos sexuais e reprodutivos, bem como o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) foram os principais temas do “Seminário Ouvir a Mulher: um novo significado à participação”, evento realizado em Curitiba nos dias 08 e 09 novembro pela União Brasileira de Mulheres (UBM). Ontem (10), as coordenadoras nacionais da entidade se reuniram para avaliar o evento e pensar as ações para as realizações dos seminários nas cidades de Fortaleza (CE), que acontecerá entre os dias 22 e 24 de novembro, e Manaus (AM), com data prevista para 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro.

A mesa de abertura contou com a participação da consultora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa (Dagep), Adelaide Suely Oliveira, do analista técnico de políticas sociais da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP), Lucas Betti de Vasconcelos, da representante do Núcleo de Promoção da Igualdade de Gênero do Ministério Público do Paraná (Nupige/MP-PR), Schirle Margaret Branco, da coordenadora nacional da UBM, Elza Maria Campos, e da coordenadora nacional do Projeto Ouvir a Mulher, Matsuko Barbosa.

Matsuko deu as boas-vindas às participantes e explicou a proposta do Seminário, que é voltado para exigir serviços de qualidade e bom atendimento do SUS na área de saúde da mulher, bem como garantir os direitos sexuais e reprodutivos. Elza Maria Campos também agradeceu a presença das mulheres, falou sobre os 25 anos de trajetória da UBM na defesa dos direitos das mulheres e pela emancipação das mesmas. Elza ressaltou ainda que os movimentos sociais e de mulheres foram fundamentais para a implantação do SUS. No entanto, afirmou a necessidade do direito à saúde pública ser garantido, ampliado e ofertado com qualidade.

Lucas Betti de Vasconcelos falou sobre a importância da participação da população para a melhoria do SUS. “O SUS existe por conta da participação popular. Por isso, queremos ouvir as mulheres. Precisamos ouvi-las para poder gerar, dentro da gestão, relatórios que sejam capazes de dar retornos satisfatórios”, destacou. Já Suely Oliveira parabenizou a iniciativa da UBM em realizar o seminário e defendeu a continuidade do projeto. “O objetivo do projeto é fazer com que as mulheres sejam capacitadas para ampliar o debate sobre os direitos que estão ligados à saúde da mulher. Foi uma luta de dois anos para que esse projeto fosse executado. Os seminários serão realizados em Curitiba, Fortaleza e Manaus, mas é necessário que eles tenham continuidade para que possamos ampliar os debates e criar propostas que possam ser levadas para dentro do Ministério da Saúde”, disse. 

Em relação à violência contra mulheres e meninas, que também faz parte da discussão em torno da saúde, Schirle Margaret mencionou a necessidade da agilidade nas respostas referentes a casos de violência contra as mulheres. Também falou sobre a recente criação do Núcleo de Apoio à Vítima de Estupro, que vai fazer o acompanhamento das investigações e das medidas cautelares relacionadas a crimes de estupro praticados em Curitiba. “Os núcleos estão dentro do centro da justiça para criar apoio, ou seja, para que a mulher vítima de violência e estupro, que não tem coragem para falar sobre esse assunto com amigos e familiares, possam falar sobre isso e buscar os seus direitos”, resumiu.

O seminário - promovido pela UBM, em parceria com o Departamento de Ouvidora Geral do SUS (Doges) e o Departamento de Apoio a Gestão Participativa (Dagep), órgãos ligados ao Ministério de Saúde - reuniu representantes de entidades de mulheres, conselheiros de saúde, profissionais de saúde e ouvidores locais. Além dos debates, o grupo refletiu sobre a importância da participação da mulher no controle social das políticas públicas e trocou experiências sobre o papel da ouvidoria do SUS no atendimento à saúde da mulher. Clique aqui para ler a nota completa no site da UBM.

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